mais do que um sonho: comoção! sinto-me tonto, enternecido, quando, de noite, as minhas mãos são o teu único vestido.
e recompões com essa veste, que eu, sem saber, tinha tecido, todo o pudor que desfizeste como uma teia sem sentido; todo o pudor que desfizeste a meu pedido.
mas nesse manto que desfias, e que depois voltas a pôr, eu reconheço os melhores dias do nosso amor.
1 Comments:
At 11:54 da tarde, setembro 01, 2005, Anónimo said…
mais do que um sonho: comoção!
sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
e recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
David Mourão-Ferreira
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